Uma dificuldade encontrada pelos escritórios de assessoria de investimentos, é a capacidade de definir uma estrutura de partnership funcional, competitiva e atrativa.
Para os gestores e sócios fundadores, definir metas transparentes para a equipe crescer na sociedade, muitas vezes é uma tarefa complexa.
Com a nossa metodologia de gestão de partnership, o escritório consegue “rodar” uma metodologia capaz de avaliar a estratégia atual e futura da operação, assim como os planos de remuneração internos e a consequência no equity da empresa – vale entender que a metodologia não é uma regra prateleira, diferentes escritórios, geram diferentes resultados ao aplicar a metodologia. Em outros conteúdos semanais, já abordamos os pilares dessa metodologia.
Após a estruturação de uma empresa de assessoria, os sócios fundadores e novos sócios se questionam perguntas padrões, como:
“Quanto devo remunerar os novos sócios”;
“Como vou fazer o pessoal crescer na sociedade?”;
“Quais as métricas devo dar importância?”;
“E se eles saírem no meio do caminho?”;
“Devo dar sociedade para todos?”.
1ª ETAPA
A primeira coisa a se pensar é no pool societário destinado para novos sócios, definir a porcentagem que a equipe terá disponível para comprar do equity. Por exemplo, vamos diluir X pessoas para disponibilizar Y% de sociedade para a equipe ou vamos ter uma empresa que se dilui indefinidamente, sem direito adquirido na sociedade?
2ª ETAPA
A segunda etapa é definir a forma de liquidez – quanto se paga para entrar e quanto se paga para sair.
Para isso, é preciso definir o valuation de entrada, o tempo mínimo para saída e o valuation de saída. Aqui entram detalhes e regras como lockup e outras cláusulas como opção de compra e venda.
3ª ETAPA
A terceira etapa é como a compra pode ocorrer – será a partir do bônus, que seriam pagos conforme desempenho do profissional, ou via compra de quotas de sócios existentes.
A definição desta estratégia afeta significativamente a forma como o caixa da empresa vai ser utilizado em eventuais recompras ou diluições futuras. Além disso, a definição na forma como será realizado a entrada dos novos sócios, pode causar problemas tributários de ganhos de capital, se realizado de forma errada.
4ª ETAPA
A quarta etapa é pensar nas obrigações dos sócios, entregas, metas e compromissos com a sociedade (non-compete, solicit, lockup, vesting e etc.).
Atualmente, o mercado segue um padrão que segundo decisão recente do TJ-SP está desalinhado juridicamente.
De forma resumida, o mercado criou um padrão de não solicitação e competição para assessores onde todo o cliente é do escritório e possui as mesmas regras em casos do assessor pedir para sair da operação. No entanto, o TJ-SP deixou claro que é preciso ter regras diferentes para clientes captados vs. doados – se não diferenciar, os clientes captados, são do assessor.
Para que o escritório e o assessor consigam se proteger, é preciso atualizar os contratos e as negociações de cada assessor, de forma específica – analisando luvas pagas, % na sociedade e outras variáveis.
5ª ETAPA
A quinta etapa é pensar na governança, como serão tomadas as decisões da empresa – contratação, demissão, retirada ou recompra de sócios.
Para isso é preciso implementar conselhos de administração, comitês e outras formas para criar processos e aumentar a agilidade de decisão ao mesmo tempo.
A correta estruturação do partnership em escritórios de assessoria de investimentos é essencial para o crescimento harmonioso e transparente da empresa. Cada etapa descrita serve como pilar na formação desse acordo, garantindo que os objetivos de todos os envolvidos sejam alinhados. Para garantir sucesso, é crucial abordar cada fase com cuidado, flexibilidade e conhecimento atualizado, adaptando-se às demandas do mercado e às nuances internas da empresa.