A esfera de fusões e aquisições (M&As) pode ser extraordinariamente complexa, não apenas em sua execução, mas também no entendimento de sua estratégia. A primeira etapa é discernir se o objetivo é uma incorporação ou fusão, considerando que são processos distintos com implicações diferentes.
Incompatibilidades de Expectativas: Modelos Iniciais e Corporativos
É perceptível que erros são frequentemente cometidos nas negociações do modelo corporativo, especialmente quando um escritório corporativo busca incorporar um modelo de negócios inicial. Uma incompatibilidade de expectativas muitas vezes surge quando o modelo inicial aspira a negociações como se fosse corporativo. Entretanto, esses modelos iniciais e corporativos possuem propósitos divergentes; enquanto o corporativo visa o alto crescimento, o inicial distribuição de dividendos. Essa desconexão de expectativas se torna cada vez mais evidente à medida que as negociações avançam.
Ao analisar a aquisição de um modelo inicial, por exemplo, a lógica de um escritório corporativo é diferente quando compra outro corporativo. Portanto, ao definir um múltiplo para as empresas, é crucial compreender as especificidades de cada um – seja de um modelo corporativo ou inicial. A análise envolve a decomposição das empresas para entender o retorno sobre o investimento, o múltiplo e a margem de cada uma.
Este último ponto está intrinsecamente ligado à avaliação do múltiplo de lucro de uma empresa corporativa em comparação com um modelo inicial, pois os contextos são distintos. Tomemos como exemplo a fusão de dois modelos corporativos. Recentemente, observamos um escritório corporativo buscando fusão com outro semelhante, focando exclusivamente no Ativo sob Consultoria (AuC) e Retorno sobre Ativos (RoA). No entanto, essa abordagem é impraticável. Deve-se analisar a margem e o lucro da empresa.
Visibilidade nos Resultados: Evitando a ‘Caixa Preta’ nas Aquisições
Um escritório corporativo que se funde deve entregar resultados. Do contrário, a aquisição de parte de uma empresa sem considerar estes fatores pode se tornar uma operação sem visibilidade – uma verdadeira ‘caixa preta’.
Por isso, ressaltamos a importância de se adotar uma estratégia transparente em todos os estágios das M&As, desde o início até a finalização das negociações. Afinal, uma compreensão clara dos objetivos e expectativas pode ajudar a garantir o sucesso dessas operações.