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Escolha uma métrica para analisar antes de investir em um escritório de AIs

ROI Profissionais

Se tivéssemos que analisar apenas uma métrica de cada escritório em expansão antes de realizar investimento na operação, esta métrica seria o ROI (return on investment) dos profissionais. Isso porque é normal encontrarmos operações que realizaram acordos com profissionais que dificilmente vão gerar lucro ao longo do tempo, mesmo que a margem de contribuição (MC) e a carteira (AuC) desse profissional seja alta.

 

Isso nos auxilia a entender quais operações estão conseguindo investir bem seu capital e estão entregando uma estrutura que gera valor para todo o negócio. Entendemos que é de extrema importância alinhar crescimento (g) com retorno do capital investido (ROI).

 

A análise de ROI é aplicada apenas aos profissionais que possuem carteira e recebem incentivos financeiros (luvas ou mínimo garantido) – para os casos onde se está formando um profissional e a carteira dele é majoritariamente doada, o próprio EBITDA do profissional já auxilia entender a rentabilidade. 

 

Antes de entrarmos nos detalhes de como calcular o ROI, levantamos os tipos de remuneração¹ para assessores comerciais que impactam no ROI:

 

Fixo: 

  • Assessor que só tem fixo
  • Categorizado dentro de despesas com pessoal

Variável: 

  • Assessor que só tem variável (comissões)
  • Categorizado dentro de despesas variáveis

Mínimo garantido: 

  • Assessor que tem um fixo garantido e recebe variável dependendo da performance
  • Categorizado como CAPEX desde que o assessor possua carteira própria e que seja feita a devida depreciação desse ativo intangível (contrato com non compete)
  • Casos onde o assessor não tem carteira, apenas clientes doados, entendemos que entra como despesa com pessoal

Luvas contratuais:

  • Valores pagos para realizar a atração de profissional com carteira
  • Precisamos diferir o que é luva de atração e o que é mínimo garantido de profissional com carteira
  • Categorizado como CAPEX

Bonificações:

  • Bonificações Total Comp: geralmente semestrais com base em performance – entra em despesas com pessoal
  • Bonificações Gatilho Performance (repasse incentivo): geralmente atrelado ao CFA – incentivo corretora e atingimento de metas/gatilhos – Net New Money e ROA – entra em resultado não operacional
¹ Natureza gerencial da despesa, contabilmente podemos acompanhar isso de forma diferente.

 

A maior parte dessas remunerações são de entendimento comum no mercado. A confusão normalmente é causada na forma de apuração das luvas e mínimo garantido e esses pagamentos deveriam entrar no CAPEX, custo fixo ou custo variável.

 

Podemos definir isso segregando o perfil do profissional:

 

Profissional sem carteira é custo fixo:

  • Principalmente os profissionais com 1 quota (considerando a nova resolução);

Profissional com carteira:

  • Luva e mínimo garantido é investimento (CAPEX) – eventualmente lançado como ativo intangível no balanço;
  • A diferença entre mínimo garantido e comissão, é investimento (CAPEX).

Considerando isso, partimos para entender como calcular o ROI. Enxergamos da seguinte forma: 

(LTV-CAC) / CAC, sendo 

LTV = lifetime value ou valor que o profissional deixa para a operação durante determinado período. Esse período precisa estar estipulado em contrato.

CAC = custo de aquisição desse profissional.

 

LTV, consideramos o EBITDA final deste profissional ao longo de determinado período. No momento de realizar estimativas, esse valor é multiplicado por um crescimento (g) e o prazo acordado em partnership. Recomendamos sempre olhar o EBITDA para que se tenha total acompanhamento do impacto de toda a estrutura que auxilia na performance de determinado assessor(a) – muitos escritórios analisam apenas a margem de contribuição (MC) e na maioria das vezes desmerecem as despesas rateadas.

 

CAC entra toda a parte de luvas contratuais e mínimo garantido caracterizados como CAPEX.

Dessa forma, teríamos um exemplo prático da seguinte forma:

ROI = (EBITDA - Luvas Totais) / (Luvas Totais) Leia-se: a cada X reais investidos em luvas totais, tenho X+Y reais de retorno

ROI = (EBITDA – Luvas Totais) / (Luvas Totais)

 

Leia-se: a cada X reais investidos em luvas totais, tenho X+Y reais de retorno

 

Essa DRE apresentada acima precisa ser acompanhada por profissional, sempre analisando o filme e não a foto, ou seja, entendendo a evolução ao longo do tempo desses indicadores para cada profissional/time comercial. 

 

Lembramos que ao investir com luvas e atrair uma profissional, entram também os contratos de partnership com não solicitação, competição e outros termos que precisam ser analisados. Este é um assunto específico a ser tratado em outro conteúdo pelo jurídico da AAWZ.

 

A seguir apresentamos algumas boas práticas e comentários complementares ao que apresentamos aqui:

 

De forma a simplificar a explicação não entramos no quesito custos versus despesa, pois muitas assessorias já possuem outras frentes de negócio que são analisadas em conjunto dentro da estrutura e que confundem o que realmente é gasto direto com os serviços vendidos. No caso de assessorias, especificamente, poderíamos considerar todo o comercial como custo – levando em conta que esse é o core business do negócio.

 

De forma a ajudar a contabilidade, procurem sempre abrir os pagamentos feitos para CLT, PJ e Sócio. Outra boa prática é separar as transações bancárias relacionadas à pró-labore, luvas etc. Muitas assessorias costumam pagar tudo junto e realizar um controle paralelo via planilhas, mas é importante que isso esteja o mais detalhado possível para eventuais auditorias e para que a contabilidade lance corretamente. Essa abertura também facilita o acompanhamento gerencial ao longo do tempo.

 

Eventuais dúvidas estamos à disposição para lhe auxiliar. Chame nossos consultores e entenda como podemos participar do dia-a-dia do seu negócio e facilitar o acompanhamento gerencial.

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