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Como registrar Consultor CVM (PF)

O caminho começa pela qualificação. Se você já tem graduação e uma certificação reconhecida (CEA, CGA, CNPI, CFP, CFA), está com a base resolvida. Quem tem trajetória relevante pode pleitear dispensa por notório saber — mas aí a prova é o histórico: experiência comprovada – atividade de assessor de investimentos não é considerada para tal requisito -, responsabilidade técnica e documentos que sustentem a solicitação.

Na sequência vem a papelada. Reúna seus documentos pessoais, o Formulário de Referência (PF), a Declaração de Conformidade e um CV que comprove formação, certificações e experiência. É esse dossiê que sustenta o pedido.

O protocolo é eletrônico. Você envia tudo à CVM, paga a taxa de fiscalização (cobrada de forma pró-rata quando sair a autorização) e acompanha o processo. Com o deferimento, começa a vida regulada: atualizar o Formulário de Referência todo ano, manter políticas e registros em ordem e documentar suas recomendações. É isso que separa o discurso de independência da prática profissional.

E se hoje você é assessor (AI)?
A transição é viável e organizada. Para atuar como consultor CVM você precisa sair operacionalmente do escritório de assessoria e abrir mão do credenciamento ANCORD (não é permitido atuar simultaneamente como AAI e consultor). Isso não impede que você permaneça como sócio não-atuante na assessoria tradicional — isto é, sem funções de distribuição/relacionamento e sem vínculo operacional com a assessoria — funcionando, na prática, como um sócio capitalista. Ajuste os documentos societários para refletir a condição “não-atuante” e mantenha barreiras de segregação claras entre a consultoria e a assessoria, se atuar dentro do mesmo grupo.

Passo a passo prático (checklist)

  1. Qualificação
  • Diploma de graduação.
  • Uma certificação aceita (CEA/CGA/CNPI/CFP/CFA etc.) ou dossiê robusto de experiência para dispensa (notório saber).
  1. Dossiê
  • Documentos pessoais.
  • Formulário de Referência (PF) preenchido.
  • Declaração de Conformidade assinada.
  • CV com comprovação de experiência/certificação.
  1. Protocolo na CVM
  • Envio eletrônico do dossiê.
  • Pagamento da taxa de fiscalização (pró-rata na autorização).
  • Acompanhamento do processo.
  1. Depois do deferimento
  • Atualizar o Formulário de Referência anualmente.
  • Manter políticas, registros e trilhas de recomendação organizados.
  • Controlar pagamentos da taxa e prazos regulatórios.