O valor de um profissional dentro de uma assessoria de investimentos é frequentemente questionado, especialmente em relação ao uso de multiplicadores com base no ativo sob custódia (AuC). A falha comum é acreditar que existe uma “regra de prateleira” para esta avaliação.
O valor de um profissional é medido principalmente por dois tipos de resultados que ele gera para a empresa: o resultado operacional e o resultado financeiro. O resultado operacional é calculado pela fórmula básica AuC x ROA, menos custos de comissões e despesas rateadas. Por exemplo, se um profissional administra uma carteira de 100 milhões com um ROA líquido de 0,5%, ele gera uma receita de 500 mil reais. Considerando uma comissão de 50%, esse profissional receberia 250 mil reais.
O custo fixo do profissional é determinado ao dividir o custo fixo total da assessoria dividido pelo número de profissionais. Supondo que o custo fixo anual da assessoria é R$1 milhão e são 20 profissionais, o custo rasteado de 1 (um) profissional é de aproximadamente R$50 mil reais ao ano. Ou seja, dos 500 mil reais gerado de receita, 250 mil são comissões, restando um lucro operacional de ~200 mil reais para a empresa.
O resultado financeiro, por outro lado, geralmente advém dos acordos que as assessorias têm com as corretoras. Estes acordos costumam oferecer bonificações para cada novo ativo sob custódia ou para cada “net new money”. Assim, não é possível estabelecer um multiplicador padrão para o AuC, pois isso não levaria em consideração variáveis como o RoA, comissionamento do profissional e os acordos financeiros da assessoria com a corretora.
Por isso, a importância de saber analisar a operação que você está trabalhando ou escolhendo trabalhar – um escritório em um local nobre como a Faria Lima terá custos mais elevados.
Entender essas variáveis permite realizar simulações mais precisas. Por exemplo, ao avaliar um gerente de banco com uma carteira de 250 milhões de reais, seria possível estimar a conversão e o ROA para determinar o valor que esse profissional traria para a empresa em um período específico, como três, cinco ou dez anos.
É crucial entender todos esses aspectos para negociar comissões, custos fixos e outros acordos, tanto para a assessoria quanto para o profissional. Além disso, cláusulas contratuais como o “Non-Compete” podem afetar o valor do profissional. Contratos mais longos geralmente exigem bonificações mais altas, e compreender isso é fundamental para uma gestão eficaz.
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